27/05/2010

QUEIMAR NAVIOS

Lembro-me de uma história interessante que sempre serve-me de lição. A do descobridor espanhol e conquistador do México Hernan Cortez. Quando ele apontou em Vera Cruz no século XVI, a primeira providência que tomou foi queimar seus navios. A seguir, falou a sua tripulação: "Homens, vocês podem lutar ou morrer."
Ao queimar os navios, sua intenção era de retroceder e voltar à Espanha. Cortez sabia que essa possibilidade era uma desculpa para render a batalha e que, sem navios, seus homens teriam uma poderosa motivação para vencer. Logo, você precisa se comprometer com sua idéia e aprender a "queimar seus navios", convencendo-se de que não tem para onde recuar.
Afinal quem é guerreiro? Quem foram as maiores pessoas de nossa história que não temeram o improvável? É Alexandre, O Grande, esmagando os persas, é Joana D'arc rompendo o cerco de Orleans. É Mahatma Gandhi resistindo em prol da independência da Índia. Carlos Castañeda define melhor essa diferença. "A diferença fundamental entre o homem comum e o guerreiro é que o guerreiro encara tudo como desafio, enquanto que o homem comum encara tudo como benção ou maldição."
Queimar os nossos navios, não é simplesmente dizer o que sentimos na hora em que sentimos ou fazer o que pensamos estar certo no momento. É impedir que o medo nos comprometa com o ridículo. É ter coragem. Coragem de sentir, coragem de amar, coragem de dizer, de fazer, de ousar.

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